Melhor atleta da categoria até 81 kg no atual ciclo olímpico, brasileiro diz que tenta aliar técnica de um e garra do outro em suas lutas.
Fonte: IG Esporte
Um dos símbolos do judô brasileiro e candidato ao pódio em Londres,
Leandro Guilheiro não tem perdido um dia da programação de jogos do
Grand Slam de Wimbledon. O judoca é fã declarado de tênis, e tenta unir
em seus combates os estilos do suíço Roger Federer e do espanhol Rafael
Nadal.
“O Federer é técnico, e o Nadal é determinado. Acho demais me
comparar aos dois. Sempre procurei ser técnico, perfeccionista com a
forma do golpe. Também sempre fui determinado, tive um histórico de
lesões que superei, e procuro ter a mistura dos dois. Agora, se consigo
isso, são outros quinhentos”, brincou o atleta do ECP (Esporte Clube
Pinheiros).
“Estou assistindo aos jogos de Wimbledon. O Federer é um dos
meus ídolos ao lado do Michael Jordan, mas o Nadal tem uma coisa que
admiro muito, que é a garra. Não que o Federer não tenha isso, mas já vi
o Nadal sair de cada situação”, comparou o judoca, que pela primeira
vez irá competir em Olimpíadas sem nenhuma lesão que lhe incomode,
situação diferente de Atenas e Pequim.
Em Londres, inclusive, será preciso que ele se inspire nos dois
astros do tênis para driblar o favoritismo e conquistar o ouro. Primeiro
colocado do ranking olímpico da categoria até 81 kg, Guilheiro espera
que o dia 31 de julho seja histórico em sua carreira. “Estou com uma
coisa muito legal. Tudo está acontecendo de forma bacana, e talvez
Londres seja minha cidade preferida a partir de agosto”, projetou o
lutador.
“Acontecem coisas doidas em Olimpíadas. Às vezes, o favorito não
ganha, e o azarão chega às medalhas. Tudo pode acontecer. Mas pelo menos
uma medalha o Brasil vai ganhar”, disse o judoca, que sonha em ver
partidas de tênis no All England Club, tradicional clube que sedia o
Grand Slam inglês e também emprestará as quadras para os Jogos
Olímpicos.
Favorito ao ouro, Guilheiro competirá em Londres |
“Minha cabeça estará no judô até o dia 31 de agosto, que é quando
vou ao tatame. Quando você permanece na cidade sede depois de lutar, a
competição de judô ainda está rolando, então prefiro ir ao ginásio e
ajudar os amigos. Mas tenho muita vontade de ir ao All England”, contou
Guilheiro, que já sabe qual esporte tentará praticar quando abandonar o
quimono.
“Nunca joguei tênis. Depois da aposentadoria, quem sabe? Isso se a
minha coluna deixar”, brincou o brasileiro, que ao menos já encontrou um
de seus ídolos na Vila Olímpica. “Vi o Federer em Atenas. Estava
jantando, aí olhei para trás e o vi. Mas não sou de tirar foto, não ando
com máquina. A Daniele Zangrando [ex-judoca] estava com máquina e
tirou”, relatou o lutador.
Ele também opinou sobre Thomaz Bellucci, frequentemente criticado
por perder ou entregar jogos “ganhos”. “Ele carrega uma cruz muito
pesada de virar o novo Guga. Isso é difícil. Não conheço o tênis a ponto
de achar o que é um ou outro, mas já escutei dizer que ele é talentoso.
Torço para que realize o sonho dele”, afirmou Guilheiro, a menos de um
mês de ir atrás de seu Grand Slam.
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