segunda-feira, 9 de julho de 2012

Com 45 minutos de domínio para cada time, Figueira e Vasco empatam

Cariocas são melhores no primeiro tempo, mas catarinenses crescem na segunda etapa, e partida acaba em igualdade (1 a 1) no Orlando Scarpelli.

Fonte: Globo Esporte

Em jogo de tempos distintos, a igualdade no placar reflete a atuação de dois times que alternaram momentos de domínio ao longo dos 90 minutos. Melhor em campo na primeira etapa, o Vasco sucumbiu à pressão do Figueirense depois do intervalo, e as duas equipes ficaram no 1 a 1, neste domingo, no estádio Orlando Scarpelli, em partida válida pela oitava rodada do Brasileirão. Os vascaínos chegaram a 17 pontos na competição e desperdiçaram a chance de assumir a liderança, enquanto os catarinenses agora somam oito pontos, ainda próximos da zona de rebaixamento.

Pouco antes da partida, o Figueirense apresentou Loco Abreu, ex-Botafogo, como novo reforço da equipe. Mas o primeiro gol do confronto saiu do pé direito de um jogador que deve estar de saída do seu clube. Com duas propostas da Arábia Saudita, Diego Souza abriu o placar. Roni, que entrara no intervalo, decretou o empate num jogo movimentado, que teve uma bola na trave de cada lado e pênalti desperdiçado pelos catarinenses.

O empate dá sequência a uma incômoda marca para o Vasco: o time não vence o Figueirense há dez jogos, desde agosto de 2006. Desde então, foram sete empates e três vitórias dos catarinenses. Na edição do Brasileirão deste ano, é o Figueira que nutre um tabu preocupante para a torcida. A equipe não ganha um jogo desde a primeira rodada, quando bateu o Náutico por 2 a 1.

Superioridade vascaína na primeira etapa

Mesmo com desfalques no setor - Felipe e Fellipe Bastos -, o Vasco venceu a batalha no meio-campo ao longo do primeiro tempo. Com marcação forte no campo adversário, o time carioca iniciou melhor o jogo e teve a primeira boa chance da partida. Aos oito minutos, Juninho bateu escanteio da direita e Nilton cabeceou com perigo. Pouco depois, Diego Souza arriscou de longe, e o goleiro Wilson espalmou.

No Figueirense, o jovem Marquinhos e o experiente Fernandes encontravam dificuldades na criação de jogadas no meio. A equipe tentava o jogo pelas laterais, mas Coutinho, improvisado na direita, pouco chegou à frente. Sobrava a opção de Guilherme Santos pela esquerda, mas o setor defensivo do Vasco mostrou segurança para conter as investidas do jogador, revelado em São Januário.

Os vascaínos abriram o placar aos 21 minutos, depois de falha de Marquinhos e Anderson Conceição, que não conseguiram afastar o perigo. O cabeceio torto do zagueiro parou nos pés de Diego Souza, que chutou de fora da área e balançou a rede. A finalização era defensável, mas Wilson não conseguiu evitar o gol.

Em desvantagem, o Figueira passou a ficar mais tempo com a posse de bola e criou duas oportunidades antes do intervalo, em chute cruzado de Júlio César, que Fernando Prass espalmou, e cobrança de falta na trave de Fred.

Figueirense cresce e cria mais

Insatisfeito com a atuação de sua equipe na primeira etapa, o técnico do Figueirense, Argel Fucks, promoveu duas substituições no intervalo. Entraram Roni e Aloísio, nas vagas de Marquinhos e Fernandes. A primeira grande chance do empate não demorou: aos quatro minutos, Doriva cruzou da direita, Dedé errou a cabeçada, e a bola bateu no braço direito do zagueiro. O árbitro Paulo César de Oliveira marcou pênalti. Júlio César bateu forte, mas Fernando Prass defendeu de maneira espetacular. Foi a segunda penalidade seguida defendida pelo vascaíno, que já evitara o gol na cobrança de Marcelo Moreno, do Grêmio, na primeira rodada do Brasileirão.
O pênalti perdido não abateu o Figueirense, que assumiu o domínio da partida, contando com a velocidade de Caio e Roni pelas pontas. O meio-campo do Vasco passou a ter menos tempo para tocar a bola, o que causou erros de passes seguidos. Em jogadas pelos lados, Roni e Aloísio tiveram boas oportunidades.

Depois de suportar a pressão, o Vasco se reorganizou e voltou a ameaçar o gol de Wilson. Aos 17 minutos, o cabeceio de Alecsandro beijou a trave depois de cruzamento de William Matheus. Na sequência, foi a vez de Fagner achar o centroavante em boas condições na área, mas o camisa 9 vascaíno errou o alvo na finalização.

A partida ganhou emoção, com chances para os dois lados, que pararam em boas ações dos goleiros. Mas Fernando Prass nada pôde fazer aos 28 minutos, quando Túlio cruzou da esquerda, e Roni aproveitou cochilo de William Matheus na marcação para empatar o jogo.
Com a igualdade no placar, houve equilíbrio nos minutos finais do jogo, porém sem chances de perigo dos dois lados.

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