Focado na Copa do Brasil, Verdão entra em campo sem nenhum titular e vê a Macaca vencer com gol no primeiro tempo. Time da capital está no Z-4.
Fonte: Globo Esporte
O Palmeiras queria adiar a partida contra a Ponte Preta, mas não conseguiu. Já era certo que a cabeça estaria longe dali, na quarta-feira, final da Copa do Brasil, contra o Coritiba. A Macaca, que nada tinha a ver com a história, fez seu papel em casa, contou com falha de Deola e conseguiu a sua segunda vitória no Brasileirão: 1 a 0, no Majestoso, em Campinas.
O Verdão entrou em campo com um time formado apenas por reservas, a maioria recém-promovida das equipes de base - três deles sequer haviam estreado na equipe principal. Com muita vontade e pouco entrosamento, esse Palmeiras alternativo viu Ricardinho marcar, de falta, o único gol da partida, ainda na primeira etapa. Sem entrosamento, o Verdão não conseguiu reagir, e a Ponte soube cozinhar o jogo. No fim, por reclamar da arbitragem de Marcelo Aparecido de Souza (SP), o técnico Luiz Felipe Scolari foi expulso de campo.
– Fui expulso porque eu bati palmas. Se essa é a justificativa, ele tem razão. O Maikon recebeu falta, está todo inchado, e o árbitro não deu nada. Ele não se bateu para ficar daquela forma – justificou o comandante alviverde.
Com o resultado, o Palmeiras não consegue sair do Z-4. O time está na 18ª colocação, com seis pontos ganhos. Em oito partidas, conquistou apenas uma vitória. Já a Ponte Preta sobe para a 10ª posição, com 12 pontos - três vitórias, três empates e duas derrotas.
Na próxima rodada a Ponte Preta pega o Coritiba, no Moisés Lucarelli, sábado, 21h. O Palmeiras pega antes o mesmo adversário, mas pela final da Copa do Brasil, quarta, no Couto Pereira. Pelo Brasileirão, faz o clássico contra o São Paulo, domingo, às 18h30m, na Arena Barueri.
Falha de Deola em Campinas
A torcida do Palmeiras pouco se preocupou com a partida contra a Ponte Preta, mas não foi assim para os jogadores. Muitos deles tentavam cavar uma posição na equipe principal. E com seus jovens, o Verdão começou dando trabalho para a Macaca.
Enquanto a Ponte, sem um atacante de referência, tinha dificuldades para chegar ao ataque, o Verdão, com vários garotos inspirados, levava vantagem sobre a zaga adversária. A velocidade de Maikon Leite era a principal opção. João Denoni, que diz se inspirar no italiano Pirlo, mostrou que tem condições de brilhar no Palmeiras. O garoto, de 18 anos, apareceu em todos os lugares do meio de campo.
Mas os 15 minutos de superioridade verde não adiantaram nada. Deola, que não tem boas lembranças de Campinas, mostrou o porquê de ter perdido a posição para Bruno. Em cobrança de falta forte de Ricardinho, o goleiro, no meio do gol, tentou encaixar, mas não conseguiu. O arqueiro virou reserva após péssima atuação contra o outro time da cidade, o Guarani. Pelas quartas de final do Campeonato Paulista, ele falhou em dois gols do Bugre, na derrota por 3 a 2 e que culminou na eliminação do Palmeiras no estadual.
O Verdão sentiu o gol e passou a dar mais campo para a Ponte. As principais jogadas ofensivas apareceram com Nikão, mas as tentativas de longe não assustaram mais Deola. Depois de um período acuado em seu campo defensivo, o Verdão voltou a se mandar para o ataque. Mas foi pouco incisivo e, mesmo com leve domínio, não conseguiu marcar. O último passe foi o maior problema. A vontade existiu, mas a falta de entrosamento foi maior.
- Se conseguirmos acertar o último passe a gente chega ao gol - disse Maikon Leite, no intervalo.
Palmeiras cresce, mas não empata
Os dois times voltaram para o segundo tempo sem a intensidade do fim do primeiro. Nos dez primeiros minutos, ninguém criou nenhuma chance de gol. Por conta disso, Felipão, que ainda não tinha trocado ninguém, optou por tirar Patrick Vieira para colocar Caio. Com isso, o técnico deu uma referência para o ataque, que se aproveitava da correria de Maikon Leite.
E logo que entrou, o centroavante começou a mudar a cara da partida. Os meias começaram a usar a referência de Caio, que criou algumas oportunidades. A primeira com Maikon Leite, que tabelou e bateu, para fora. Mas o time da capital não conseguiu finalizar com perigo, e ficou longe de marcar o gol de empate. Enquanto o Palmeiras crescia na partida, Nikão quase apagou o fogo do Verdão. O meia, que seguiu sendo o principal jogador do meio da Ponte, recebeu na esquerda e bateu cruzado.
Com vantagem no placar e perto do fim do jogo, Gilson Kleina colocou o time para trás e chamou o Palmeiras. Precisando de pontos para sair da incômoda zona de rebaixamento, o Verdão foi todo ataque no fim do segundo tempo - com chutões ou tabelas curtas, já que as trocas de passe mais elaboradas não saíram por conta da falta de entrosamento. Mas, mesmo assim, a Ponte conseguiu o resultado dentro de casa. No fim, por reclamar com a arbitragem, Felipão acabou expulso do banco de reservas.
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