quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Zagueiro-artilheiro, filho de Vagner Mancini é destaque no Olé Brasil

Em um ano, Matheus Mancini marcou oito gols. Jovem de 17 anos quer manter a tradição da família no futebol.

Fonte: EP Ribeirão

A tradição da família Mancini no futebol está garantida por mais uma geração. Filho de Vagner Mancini, ex-atleta e atual técnico do Cruzeiro, e neto de dois ex-jogadores do Comercial (Vastinho e Paulo Bin), o jovem Matheus tem o esporte no DNA. Aos 17 anos e com 1,90m, ele é o zagueiro titular da equipe Sub-20 do Olé Brasil, de Ribeirão Preto, que nesta semana, disputará um torneio na Itália.

- Desde pequeno, meus pais e avós sempre me incentivaram e deram força para que eu jogasse futebol – conta Matheus.

A semelhança física, o jeito de andar e falar lembram o pai, Vagner, porém, as funções em campo são diferentes. Mancini pai era meia habilidoso, de estilo clássico, um autêntico camisa 10. Matheus preferiu seguir os passos do avô, Vastinho Mancini, zagueirão do Comercial nos anos 50 e 60.

Apesar do estilo mais defensivo, Matheus também se aventura no ataque. E já provou ser um zagueiro-artilheiro. No Campeonato Paulista Sub-17 de 2011, ele marcou sete gols. Neste ano, balançou as redes na vitória do Olé Brasil sobre o Fluminense por 3 a 2, pela Copa São Paulo.

- O Vasto (avô paterno) era mais zagueiro, o Paulo Bin (avô materno) era atacante. Meu pai foi meia. Peguei uma mistura de toda a família – explica o jovem defensor, que comenta sobre suas características em campo: - Tenho um bom cabeceio ofensivo, sei sair jogando, mas quando preciso dou chutão, não complico lá atrás – garante.

O técnico do Olé, Gil Baiano (ex-jogador de Palmeiras e Bragantino), acredita no potencial do garoto, mas faz questão de lembrar que Matheus ainda está em formação.

- Ele tem uma característica importante, que é passar a bola muito bem. Estamos trabalhando com ele, corrigindo as deficiências. Tem técnica boa, bom tamanho, sabe sair jogando, no ataque, ele cabeceia bem. Defensivamente falha um pouco, estamos treinando jogadas aéreas com ele. É uma aposta do Olé e a gente acha que ele tem um futuro promissor – analisa Gil Baiano.

Relação com pai e pressão
como técnico de futebol dificultam para Vagner acompanhar a promissora carreira do filho. Mesmo distantes, os dois mantém contato e Matheus guarda os conselhos do pai.

- Nós sempre conversamos. Ele fala para eu ter tranquilidade, dar meu máximo e aproveitar sempre as oportunidades – comenta Matheus Mancini.

O jovem atleta parece não se preocupar com a pressão de carregar o sobrenome. Ao estilo do pai, com jeito calmo de falar, ele espera estar à altura da tradição da família Mancini.

- Eu quero construir a minha história com os pés no chão, com muita calma e sempre aguardando o momento certo.

Primeira viagem

Pelo Olé Brasil, Matheus Mancini fará sua primeira viagem internacional. De 7 a 20 de fevereiro, ele disputará pelo time ribeirão-pretano o Viareggio Cup, tradicional torneio Sub-21 que acontece na Itália desde 1949.

- É a primeira vez que vou jogar futebol no exterior, acho bacana. É uma oportunidade legal, tenho apenas 17 anos e neste torneio vou atuar contra jogadores de 20, 21 anos.

A disputa do torneio italiano pode significar a chance de ficar na Europa. Matheus acha cedo para sua carreira, mas não esconde a vontade de jogar no velho continente.

- Lá é a vitrine mundial. Lugar onde todos os jogadores desejam jogar, morar. Para as categorias de base, esse torneio é um dos mais importantes da Europa.

A Viareggio Cup 2012 conta com 48 equipes. O Olé Brasil está no Grupo 7, na cidade de Centobuchi, ao lado do Sambenedettese-ITA, Spartak Moscou-RUS e Torino-ITA, que será o primeiro adversário do Pinguim, na terça-feira. Ao todo, o time de Ribeirão está levando 21 atletas para a disputa da competição.

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