Atacante desequilibra em atuação irregular do Peixe e dá ao time a segunda vitória no Paulistão: 4 a 1 em Ribeirão Preto.
Fonte: EPTV Esporte
Para quem tem Neymar, 15 minutos são o bastante para transformar uma má atuação em goleada. E o torcedor santista pôde comemorar: finalmente, o Peixe estreou no ano do centenário. Lento, apático e sem objetividade na primeira etapa, o time ouviu uma bronca do técnico Muricy Ramalho no intervalo e voltou ligado do vestiário. Estavam todos tão "elétricos" que acenderam a estrela de Neymar. Resultado: com três gols do craque, o Peixe venceu o valente Botafogo, por 4 a 1, nesta quinta-feira, no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto. Felipe Anderson marcou o quarto já nos acréscimos do segundo tempo.
A atuação santista, no entanto, não foi das melhores. De bom, a estreia do lateral Fucile – que entrou no segundo tempo e deu novo poder ofensivo ao time – e a capacidade de Neymar em decidir uma partida. O uruguaio, inclusive, deve ser titular na estreia do time na Libertadores, quarta-feira, contra o Strongest-BOL. O meia Camilo, após boa jogada de ataque do Botafogo, marcou o gol do time da casa após falha defensiva do Alvinegro. Neymar, de cabeça, de pênalti, e por cobertura marcou seus 101º, 102º e 103º gols na carreira.
O Santos volta a campo no próximo domingo, às 19h30, contra o Linense, no Estádio Primeiro de Maio, em São Bernardo. No mesmo horário, o Botafogo vai a São Paulo enfrentar a Portuguesa, no Canindé.
Lentidão santista e gol botafoguense
O primeiro tempo foi de massacre santista na posse de bola, mas vitória botafoguense no placar. Preso no campo de defesa, o Botafogo tinha postura bem definida: apostava em um contra-ataque para sair na frente. Aparentava certo medo do atual campeão da Libertadores. Graças à lentidão do time santista, no entanto, o Pantera logo percebeu que poderia descer ao vestiário com vantagem. E foi premiado.
No lado do Peixe, Neymar começou melhor. Com boa movimentação perto da grande área adversária, criava as melhores jogadas no início da partida e pareciar forma dupla promissora ao lado do artilheiro Alan Kardec que, centralizado, prendia a marcação. Só parecia. Até os 36 minutos de bola rolando, festa da torcida no estádio Santa Cruz apenas quando o zagueiro Gustavo Bastos aplicou um chapéu em Neymar, meio sem querer.
Com a faixa de capitão no braço, Elano fez as pazes com o técnico Muricy Ramalho e protagonizou a melhor jogada alvinegra. Cortou a marcação, invadiu a área e se preparou para o golaço. O chute, péssimo, passou longe, por cima do gol. Tamanha displicência santista – parecia achar que definiria o jogo a qualquer momento – foi punida. O Botafogo fez boa jogada pelo lado esquerdo, Fabinho cruzou na área, Henrique falhou no corte e Camilo bateu de primeira, tirando do goleiro Rafael.
Sorte de quem tem Neymar...
Junto com a bronca no vestiário, Muricy mandou o Santos de volta ao campo com uma alteração. O lateral Fucile, sem nem ter sido apresentado oficialmente, substituiu Pará e fez sua estreia na lateral direita. E logo no primeiro lance deu mostra da famosa raça uruguaia. Ligado no jogo, recebeu linda bola enfiada de Paulo Henrique Ganso e desceu o pé, no canto – Juninho se esforçou para fazer linda defesa.
O Santos voltou melhor, veloz, mas o Bota mantinha a coragem. Aproveitando-se das falhas de marcação no meio-de-campo santista (Henrique e Arouca não se entendiam), o time da casa não se acanhou e, em vez de tentar segurar o placar, buscou o segundo gol a todo instante. O Peixe, perdido, assustava pouco, mas também chegava. Em boa jogada, Ganso buscou Neymar, mas a zaga cortou. Na sobra, Fucile chutou e novamente deu trabalho para o goleiro.
Com Rentería, Muricy tentou dar mais presença de área à equipe santista. Alan Kardec voltava para buscar a bola e Neymar, quando escapava da marcação do estreante Alessandro, também tentava jogadas de efeito. Quem tem uma estrela do calibre de Neymar sabe que a qualquer instante o destino do jogo pode mudar. Mesmo quando ele parecia em noite apagada, brilhou mais uma vez. Em cobrança de falta pela esquerda de Paulo Henrique Ganso, Neymar subiu sozinho na área e cabeceou para o fundo do gol – quase uma reprise do 100º gol, marcado contra o Verdão.
Como se alguém ainda duvidasse, na jogada seguinte, o camisa 11 mostrou mais uma vez por que é um dos melhores do mundo. Logo na saída de bola, roubou do Botafogo, fez linda jogada individual e foi derrubado na grande área. Pênalti sofrido, bola no canto e mais um gol dele. Já no fim do jogo, o craque ainda recebeu de Felipe Anderson, apareceu sozinho na pequena área e tocou por cobertura, para matar o jogo. Virou goleada. No minuto seguinte, a jogada se inverteu: Neymar deixou para Felipe Anderson fechar a conta. Em 15 minutos, 4 a 1 para o Santos. Ou melhor, 4 a 1 para Neymar.
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