Sem poder na Fifa e sem diálogo com Governo Federal, cartola se enfraquece com mais denúncias.
Fonte: IG Esporte
O presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, vive dias tensos. Sem apoio da Fifa, que já trata da Copa do Mundo de 2014 diretamente com o Governo Federal, e sem diálogo com a presidenta Dilma Rousseff, o cartola sofre com novas denúncias de corrupção. Os rumores são fortes de que Teixeira pode deixar a presidência da CBF. A informação foi divulgada pela Folha de S. Paulo, UOL e jornal O Globo.
Envolvido, segundo a BBC, em um caso de corrupção dentro da Fifa, que está sendo investigado na Suíça, o brasileiro tem seu nome ligada agora a um escândalo no Brasil. Uma reportagem da Folha de S. Paulo desta quarta-feira aponta que o cartola tem ligações com a empresa que superfaturou o amistoso da seleção brasileira contra Portugal, em 2008, no Distrito Federal. O caso foi investigado pela Polícia Civil de Brasília e está na Justiça Federal.
Em dezembro, Ricardo Teixeira chegou a pedir uma licença do cargo de presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa do Mundo). Durante o período deixou de comparecer ao Mundial Interclubes e ao prêmio de melhor jogador do mundo, importantes eventos da Fifa, onde o dirigente já não goza de prestígio.
O brasileiro, que chegou a articular uma provável candidatura a presidência da entidade máxima do futebol para 2015, caiu em desgraça com o atual número 1 da Fifa, Joseph Blatter, ao apoiar Mohamed Bin Hammam nas eleições do ano passado. O ex-presidente da Confederação Asiática de Futebol desistiu da candidatura após revelações de que comprou votos para o pleito.
Durante o período eleitoral na Fifa, Teixeira voltou atrás e passou a apoiar Blatter. O movimento não foi suficiente para melhorar a relação com o presidente da entidade, que, com a desistência de Bin Hammam, venceu a eleição sem nenhum adversário.
Isolado no Planalto
Ricardo Teixeira e Dilma Rousseff em sorteio das eliminatórias da Copa do Mundo, em 2011. Sem abertura com o Governo Federal, cartola pode deixar CBF a qualquer momento |
À frente da CBF desde 1989, Ricardo Teixeira já viveu períodos de isolamento e de aproximação com o Governo Federal. Durante o governo Lula foi aliado do ex-presidente e era recebido pelo alto escalão do Planalto. Com Dilma Rousseff, entretanto, não tem o mesmo trânsito. Desde o ano passado não consegue uma audiência com a presidenta, que já se reporta diretamente à Fifa para tratar dos assuntos referentes a Copa do Mundo de 2014.
A última aparição pública de Ricardo Teixeira foi no anúncio de Ronaldo como membro do conselho do COL em novembro de 2011. Desde então, o ex-jogador virou a imagem do comitê. Nos bastidores, entretanto, Teixeira ainda tem voz e define o que deve ser feito pelo “Fenômeno”. Resta saber até quanto.
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