Volante marca um, dá assistência e salva o Palmeiras na vitória por 3 a 2 sobre o time de Piracicaba. Empate do Corinthians deixa o time na liderança.
Fonte: EPTV Esporte
Os novos ingredientes eram vários no time do Palmeiras. Artur, na lateral direita, Daniel Carvalho, substituto de Valdivia, e Barcos, que finalmente fez sua estréia, deram um tempero a mais no time alviverde. Ainda assim, a fórmula do sucesso é antiga no Verdão: Marcos Assunção. Contra o XV de Piracicaba, nesta quarta-feira, o time jogou mal, terminou com cinco volantes em campo e mais uma vez precisou do capitão para deixar o Pacaembu com vitória, por 3 a 2.
Dos onze gols do Palmeiras na temporada, sete tiveram a participação do volante – um dos principais responsáveis pela invencibilidade de 12 partidas da equipe. Ainda assim, as constantes falhas preocupam para o restante do Paulistão: se o resultado foi bom, o time deu uma aula de desencontrole e por pouco não entregou de graça o empate e até a vitória ao adversário.
Daniel Carvalho, em boa jogada individual, abriu o placar para o Verdão. Assunção de falta, marcou o segundo e colocou a bola na cabeça de Artur no terceiro. Ricardinho e Maurício Ramos, contra, marcaram para o time de Piracicaba. Beneficiado pelo empate do Corinthians, em Mogi Mirim, o Verdão ainda deixou o campo com uma boa notícia: dorme líder do Paulistão.
Palmeiras e XV de Piracicaba voltam a campo já no próximo fim de semana. No sábado, novamente no Pacaembu, o time de Felipão recebe o Ituano, às 17h. No domingo, às 19h30, o XV enfrenta o Catanduvense no Barão de Serra Negra.
Empate justo e XV empolgado
O técnico Luiz Felipe Scolari fez mistério antes da partida – demorou a divulgar os jogadores relacionados e o segredo que tanto escondia, Hernán Barcos, começou no banco de reservas. De nada adiantou. Com três zagueiros e bem posicionado, o XV começou marcando bem, dificultava a saída de bola do Verdão e logo mostrou que não estava para brincadeira. Até Daniel Carvalho provar que, se o físico não é dos melhores, a técnica é a mesma do passado...
Aos 15 minutos, Fernandão segurou a marcação na entrada da área e ajeitou para linda jogada do meia – que tirou o goleiro Gilson e bateu cruzado para o gol vazio. Gol de “camarão”, o primeiro dele com a camisa do Verdão. Só não serviu para tranquilizar o time em campo... Pelas alas, Cazumba e André Cunha levavam perigo nos contra-ataques e as laterais do Palmeiras deixavam duas avenidas. Assim, o empate não demorou a sair.
Em cobrança de falta, o meia Ricardinho deu pinta de que ia cruzar na área e a bola seguiu direito ao gol – meio “sem-querer”. O goleiro Deola calculou mal a saída e nem viu a bola entrar no cantinho, com capricho – para festa da barulhenta torcida de Piracicaba, que não parou de cantar nem um por um minuto. Já no fim da primeira etapa, André Cunha chutou cruzado e a bola tirou tinta da trave direita. Chutando mais, com mais posse e melhor em campo, o XV de Piracicaba desceu para os vestiários...
XV não desiste, mas Assunção decide
Quando voltou, continuou melhor. Só não manteve o empate... Logo no primeiro lance de ataque do Palmeiras no segundo tempo, falta perto da área e Assunção na bola. O capitão mirou, chutou sobre a barreira e antes mesmo de a bola entrar correu para comemorar mais um gol com a camisa do clube. Minutos depois, a torcida palmeirense comemoraria de novo. Só não seria por um gol marcado...
Assim que Felipão chamou Hernán Barcos para o aquecimento, os aplausos começaram. No lugar de Fernandão, o atacante entrou aos 15 minutos e estreou depois de uma enrolada negociação. E não fez muita diferença em campo... Completando 100 jogos à frente do XV, o técnico Moisés Egert estava determinado em estragar a noite alviverde e por pouco não conseguiu.
O Palmeiras jogava mal, errava muitos passes e chamava o XV para o seu campo de defesa. Aos 26 minutos, Cazumba chutou cruzado e Deola espalmou para o meio da área. Na seqüência, o atacante Hugo dividiu com Maurício Ramos e o zagueiro acabou mandando contra a própria meta. Empate justo pelo futebol ofensivo que o time visitante apresentava até o momento.
Mas, nem sempre a justiça determina o placar... Um minuto depois de sofrer o gol, Assunção – sempre ele – cruzou na área e Artur mandou de cabeça para o gol – especialidade do lateral nos tempos de São Caetano. Recuado e com cinco volantes em campo, a tentativa de trancar o meio de campo não funcionou. Valente, o XV foi para o ataque mas não conseguiu se aproveitar da insegurança do sistema defensivo alviverde.
A vitória do Verdão veio, mas com uma certeza: Felipão ainda tem muito trabalho pela frente se quiser terminar a competição brigando pelo título. Para o XV, que jogou melhor, também fica a esperança de sonhar com voos mais altos no Paulistão.
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