A crise entre os dirigentes do Flamengo terá um novo capítulo nesta segunda-feira, quando a presidente Patricia Amorim deve se reunir com o gerente de futebol do clube, Isaías Tinoco, e o diretor executivo, Luiz Augusto Veloso. O Jogo Extra localizou Isaías Tinoco, que finalmente ligou o celular e anunciou o real motivo da discussão na cúpula do futebol rubro-negro: uma reunião para a qual Veloso não teria sido convidado.
Na quinta-feira, o diretor de marketing do Flamengo, Marcus Duarte, foi recebido no Ninho do Urubu por Isaías e Vanderlei Luxemburgo. Em pauta, o fim do contrato com a Gatorade, a necessidade de um novo ônibus para o departamento de futebol e uma ação de marketing com a participação de jogadores.
Ao perceber que estava excluído da conversa, Veloso deixou o Ninho do Urubu acelerando o carro e visivelmente transtornado. Isaías, que é compadre do diretor, telefonou para o amigo a fim de apurar o que lhe causava indignação. Foi quando Veloso protestou, irritado, por não ter partipado da reunião, e chegou a levantar a possibilidade de deixar o Flamengo.
Na sexta-feira, ao chegar à Gávea de manhã, Isaías recebeu um e-mail de Veloso, direcionado também a Marcus Duarte e ao vice de marketing Henrique Brandão, no qual mais uma vez mostrava sua indignação com a reunião que acontecera na véspera sem a sua presença. Foi quando, finalmente, os dois se encontraram e bateram boca.
- Estou muito velho para ouvir essas coisas por causa de vaidade. Estou pedindo minha demissão. Você pode avisar às pessoas que estou fora. Estarei em casa - desabafou Isaías, contrariado com o tom do e-mail.
Ao perceber o tamanho da crise, Luiz Augusto Veloso ainda foi à casa de Isaías tentar convencê-lo a voltar atrás. Chegou a ligar de seu celular para Vanderlei Luxemburgo a fim de buscar um aliado que fosse capaz de fazer Isaías mudar de ideia.
- Eu disse ao Vanderlei que ganhasse o jogo, pois o mais importante era voltar à briga do Brasileirão - explicou nesta segunda-feira Isaías Tinoco, por telefone, ao Jogo Extra.
Isaías deve ir à Gávea à tarde, mas ainda não decidiu se voltará atrás na decisão de deixar o cargo de gerente de futebol, por ele ocupado desde 2005.
- O que dói é a porrada de um amigo. Existem outros episódios. Não foi um fato apenas. Isso começou há uns seis, sete meses. Não dá para ficar apanhando a toda hora - disse Isaías.
O gerente de futebol não sabe se há clima para continuar trabalhando com Veloso.
- Não quero ser responsável pela saída dele, mas também não quero continuar a ter problemas - encerrou Isaías, que ainda não foi convocado para a reunião com Patricia Amorim.
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