Cobrado até pela família em casa, treinador analisa relação com a torcida, acha que povo ainda ama a Seleção e diz que ninguém sonha ter a profissão.
Fonte: Globo Esporte
O próprio Mano Menezes
reconhece: ninguém sonha ser treinador de futebol. Para aqueles que
fogem a esta regra, ele está no posto mais cobiçado. E também o mais
cobrado. De questionamentos de familiares a vaias na arquibancada, Mano
tem menos de dois anos para comandar a Seleção na Copa do Mundo em casa.
Recentemente, ouviu gritos de "burro" e pedidos por Luiz Felipe Scolari
em jogos no Brasil. Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM na
Polônia, o treinador garante que as vaias não o abalaram para a
sequência do planejamento até 2014.
- É uma situação obviamente desconfortável. Mas é preciso conviver.
Técnico que nunca foi chamado de burro não é técnico de futebol. É
técnico de outra coisa - disse.
Em Breslávia, local do amistoso de terça-feira contra o Japão, Mano
conversou por 40 minutos com o GLOBOESPORTE.COM. A entrevista foi
realizada no hotel onde o time está concentrado, dois dias antes da
goleada por 6 a 0 sobre o Iraque, em Malmo, na Suécia. Nela, o técnico
fez uma análise da profissão que abraçou e chegou a uma conclusão:
- A gente não fala, mas ninguém tem sonho de ser técnico de futebol. Tem de ser jogador ou atleta de qualquer outra modalidade. Ninguém começa a vida pensando ser treinador de futebol, depois chegar à Seleção e ser campeão do mundo. Objetivamente não temos esses sonhos.
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