segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Para Fábio, Montillo não é o único jogador que tem tido raça no Cruzeiro

Goleiro celeste ressalta que para o meia argentino criar as jogadas, companheiros têm que defender e tomar a bola do adversário.

Fonte: Globo Esporte

Por Leonardo Simonini Sete Lagoas, MG

O Cruzeiro voltou a não jogar bem no domingo, quando empatou sem gols com o América-MG pela 24ª rodada do Brasileiráo. Em muitos momentos do jogo, parte da torcida vaiou alguns jogadores, como Bobô e Everton. Mais uma vez, o único poupado foi o meia Montillo, que criou as melhores oportunidades da Raposa na partida.

Apesar do reconhecimento da torcida apenas com o meia, o goleiro Fábio saiu em defesa dos demais companheiros e ressaltou que o argentino não joga sozinho, que os outros jogadores dão condições ao meia de criar as melhores jogadas da equipe.

- Não é só o Montillo que demonstra vontade e gana de vencer. Se a gente não marcar, não vamos conseguir deixar o Montillo em condições de atacar e fazer as jogadas. Todos tem que se dedicar e se sobressair, para que o Montillo esteja descansado para fazer as jogadas.

Para o goleiro, que enfrentou o América-MG com uma proteção especial na cabeça, a torcida está sendo injusta ao gritar apenas o nome do argentino.

- A torcida gritar que só o Montillo está com raça é injustiça, porque a equipe toda lutou, cada um na sua função. Lógico que um aparece mais que o outro em determinado momento da partida. Por isso temos que saber analisar o que acontece dentro de campo.

Nova realidade

Nas últimas temporadas, o Cruzeiro fez bons campeonatos brasileiros, tanto que disputou a Taça Libertadores da América quatro anos consecutivos. Mas agora, em 2011, a realidade é outra, já que o time é apenas o 14º colocado e está próximo da zona de rebaixamento.

Mas Fábio surpreendeu ao analisar as campanhas dos anos anteriores. Na opinião dele, o Cruzeiro nunca teve time para ser campeão mas, graças ao entrosamento, conseguiu resultados expressivos.


- Não podemos nos enganar, porque a gente tinha um grupo que se conhecia muito bem e isso nos ajudou a fazer boas campanhas. Também não tínhamos jogadores acima da média, acho que era um grupo que se ajudava muito e ao longo desses anos sempre brigamos entre os primeiros. Mas temos que ser realistas, não tínhamos uma equipe montada para ser campeã. Com o Adilson (Batista, atualmente no São Paulo), que trouxe alguns jogadores, tivemos uma sequência e tínhamos o entrosamento. Só que hoje, infelizmente, já saíram muitos jogadores e a equipe não está com a consistência necessária para conseguir as vitórias.

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