Lutador defende o Brasil em resposta às declarações irônicas do americano: 'Quando a gente não tem nada de bom para falar a gente fica calado'.
Fonte: SporTV
Marketing e falsidade. Estas são as palavras usadas pelo lutador brasileiro Vitor Belfort para caracterizar as declarações polêmicas do americano Chael Sonnen, que, desde sua última derrota para Anderson Silva, em 2010, tornou-se famoso no UFC por ironizar e desmerecer atletas do Brasil, como Lyoto Machida, o próprio “Spider” e os irmãos Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro. Belfort disse, em entrevista ao "Sensei SporTV", que é mais importante defender o país do que dar atenção ao rival, que, segundo ele, "não nocauteia ninguém" e possui caráter que "fala por si só".
- Eu aprendi que quando a gente não tem nada de bom para falar de alguém a gente fica calado. O Ibope que estão dando para o Sonnen é o que ele quer. Isso é marketing, porque eu conheço o Sonnen pessoalmente. Mas é um marketing que toca no coração, que compra uma briga, uma coisa de ódio. Não pode. O importante na vida de um homem é não viver a vida do outro. Se ele falta em respeito com o Brasil, é arrogante antes de uma luta, e no final se ajoelha, não adianta, isso para mim é falsidade. Eu sou sincero, e o Brasil sabe da minha sinceridade - afirmou.
Apesar de alguns elogios recentes, o lutador americano Chael Sonnen ficou famoso na imprensa após se referir à Anderson Silva como “afeminado”, dizer que iria “acabar” com Lyoto, Minotauro e Minotouro no octógono, além de fazer diversas críticas diretas ao Brasil - entre elas, a de que a língua portuguesa seria irrelevante, e o Rio, um local com péssimas condições de treino. Alvo da torcida brasileira, que prometeu linchá-lo, o americano acabou desistindo de viajar ao Brasil para o UFC 134, no último mês de agosto, no Rio de Janeiro.
Em defesa dos brasileiros, Belfort disse que a postura ofensiva de Sonnen em relação ao Brasil e seus lutadores é uma forma do americano marcar presença na mídia e se aproximar de uma possível disputa pelo título dos médios do UFC, em posse de seu último algoz, o brasileiro Anderson Silva. Na edição 117, em agosto de 2010, "Spider" venceu o rival com um triângulo de perna no quinto round.
- O que ele está querendo é essa luta pelo cinturão. Ele não nocauteia ninguém, teve caso de lavagem de dinheiro, doping, o caráter desse homem fala por si só. Ele está na mídia de uma maneira negativa.
Frente às críticas do americano, Belfort preferiu ressaltar as qualidades do Brasil, que, atualmente, é reconhecido como referência mundial no MMA. Além do sucesso do UFC Rio, em agosto, quando apenas um entre 14 brasileiros foi derrotado, o país detém dois títulos do evento – Anderson Silva, no peso médio, e José Aldo Júnior, no peso-pena.
- Se eu for gastar tempo para falar, vou falar dos brasileiros, não para falar do Sonnen, porque o Brasil é um sucesso. Vamos falar da nossa riqueza, de um povo brasileiro que vem vencendo tanta dificuldade, em meio a tanta pobreza, desvio de dinheiro e corrupção.
Sonnen tem luta marcada para outubro, no UFC 136, quando enfrentará o compatriota Briann Stann, pelos médios. Após vencer o japonês Yoshihiro Akiyama, em agosto, Belfort volta ao octógono em novembro, na edição 139, diante do vietamita Cung Le, em luta também pelos pesos médios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário