Piloto diz que poderia ter ajudado compatriota e lamenta não estar competindo na categoria neste ano, mas ainda vê chances de voltar
Fonte: iG Esporte
Depois de passar 19 anos na Fórmula 1
, Rubens Barrichello se transferiu para a Indy
no início de 2012, mas parece ainda não ter esquecido completamente sua
ex-categoria. Em entrevista para a revista Auto Motor Und Sport
, da Alemanha, Rubinho admitiu que ainda não se vê completamente fora da F1.
“Acho que ainda há um modo de voltar”, comentou.
Perguntado se ainda assiste às corridas da F1, Barrichello foi enfático.
“Todos os detalhes. A partir de sexta-feira, todos os treinos. Eu
estudo cada tempo de setor. Às cinco da manhã, recebo cada informação
dos meus amigos sobre pneus e acertos. Minha esposa acha que sou
completamente louco”, afirmou Rubinho.
Sobre a perda de seu lugar para Bruno Senna na Williams,
Barrichello afirmou que ficou surpreso. “Os engenheiros e os mecânicos
todos disseram que eu estaria pilotando em 2012. Claro que houve rumores
de que a Williams precisava de dinheiro, mas eu tinha colocado dinheiro
dos meus patrocinadores. Não tenho ideia do que o Bruno trouxe no fim.
Provavalmente Adam Parr (ex-presidente da equipe) não me queria mais.
Perdi o cockpit e era tarde demais para outras alternativas".
Apesar disso, Rubinho afirmou que torce por Senna na
categoria. “Eu fiquei muito feliz com o sétimo lugar dele na Hungria.
Ele fez uma ótima corrida. Se eu fosse seu companheiro, ele tiraria mais
de si. Ainda falta experiência a ele, e poderia ter tido mais isso
comigo. Ele ainda precisa de alguém para resolver pequenos problemas”,
comentou.
Além de Senna, o veterano piloto diz que também poderia
ajudar Pastor Maldonado, seu ex-companheiro, e Valtteri Bottas, piloto
de testes da equipe. De acordo com Barrichello, este ano poderia estar
melhor para a Williams. “Eu seria um bom companheiro e professor para
Senna, Bottas e Maldonado. Junto comigo, eles estariam indo muito melhor
do que agora. Olhe para o Maldonado – ele teve alguns acidentes no
último ano. Pastor é super rápido, mas comigo ao seu lado ele se
controla mais”, comentou.
O piloto ainda comentou que está achando a atual
temporada da F1 “sensacional” e que gostaria de estar guiando para
ajudar sua equipe. “Meu coração ainda sangra porque não posso estar lá,
está muito disputado. Não me entenda errado. Estou feliz que posso
correr aqui, não me vejo como vítima”, comentou. “Acho que é uma pena
para a Williams, porque eu acho que teria uma ótima temporada neste ano.
Não só por mim, mas pela equipe. A Williams iria se beneficiar comigo”,
concluiu o piloto.
Neste ano, Barrichello reconheceu que não conseguiu resultados que esperava na Indy e que pode mudar de equipe
no próximo campeonato.
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