Medida que estuda forma de ajudar clubes brasileiros a quitar débitos será dura em relação a possíveis novas pendências financeiras.
Fonte: G1 - EPTV Campinas SP
O anteprojeto que prevê ajudar os clubes brasileiros a quitar as dívidas com o governo federal segue sendo debatido por governantes, políticos e CBF. Nesta terça-feira, durante o anúncio do novo patrocinador da seleção brasileira, no Rio de Janeiro, o presidente da entidade, José Maria Marin, revelou que teve um novo encontro com o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP), com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e com dirigentes de clubes paulistas e cariocas para tratar do assunto. Entre as novidades, uma possível punição, como perda de pontos e até mesmo rebaixamento, para as agremiações que adquirirem novos débitos.
O projeto prevê que os clubes tenham a dívida abatida desde que
invistam em modalidades olímpicas e ajudem a revelar novos talentos. O
tempo e a quantidade de modalidades vão depender do tamanho da dívida de
cada agremiação.
De acordo com Marin, no entanto, somente as dívidas já existentes serão
abatidas, já que novos débitos poderão causar sérias punições aos
clubes.
- O anteprojeto prevê o abatimento das dívidas antigas, que já existem.
Estamos estudando algum tipo de punição, como a perda de pontos e até o
rebaixamento para os clubes que adquirirem novas dívidas. Caso o
contrário, não adianta nada. Em caso de novas dívidas com o governo
federal, os clubes devem ser penalizados.
Possível novidade no Brasil, a punição por dívidas já existe na Europa.
Recentemente, vítima de uma má administração, o Rangers, da Escócia,
entrou em uma grave crise financeira que o levou à falência. Vendido, o
clube mudou de nome para The Rangers Football Club, e foi rebaixado após
a maioria dos times da primeira divisão do país não aceitar sua
reintegração. O clube, um dos mais tradicionais do país, disputa agora a
quarta divisão escocesa. Na Itália, a Fiorentina já viveu a mesma
situação.
Em junho, quando anunciou a criação do projeto, Marin citou o caso do
Flamengo, que tem o nadador César Cielo, como possível caso de
abatimento das dívidas. O dirigente citou ainda o Minas e o Pinheiros,
que costumam revelar atletas em várias modalidades esportivas.
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