terça-feira, 28 de agosto de 2012

Um ano após o AVC, Ricardo Gomes vence luta diária: 'Em 2013 eu volto'

Com recuperação impressionante do problema sofrido em 28 de agosto de 2011, treinador promete voltar à beira do gramado no ano que vem

Fonte: Globo Esporte

Quem vê Ricardo Gomes dirigindo o próprio carro, retomando hábitos antigos como beber um vinho e viajar, não imagina que as chances eram pequenas quando ele deu entrada na emergência do Hospital Pasteur, Zona Norte do Rio de Janeiro, naquele 28 de agosto de 2011. Minutos antes, ele sofrera um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVC) na beira do campo do Engenhão durante o segundo tempo do clássico entre Vasco e Flamengo, válido pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro. Começava ali uma bem-sucedida batalha pela vida que completa um ano nesta terça-feira. Com uma recuperação impressionante, Ricardo deseja completar o ciclo em 2013, quando pretende voltar a trabalhar como treinador.

- Está tudo indo maravilhosamente bem. A recuperação foi fantástica e falta apenas uma  coisinha aqui e ali. É uma luta diária, um recomeço... Para este ano não dá, mas no próximo eu volto a trabalhar à beira do campo - disse Ricardo Gomes ao GLOBOESPORTE.COM antes de mais uma sessão de fisioterapia em uma clínica na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Para muitos, ainda soa impensável imaginar Ricardo Gomes novamente à beira do gramado comandando um time de futebol. Mas, um ano depois do AVC, convém não duvidar da força de vontade do treinador, que segue à risca a dura rotina de recuperação. São sessões de fisioterapia, musculação e fonoaudiologia, além de check-ups frequentes que animam os profissionais envolvidos no tratamento.

Em sua recuperação, o técnico enfrenta pequenas dificuldades, responsáveis por adiar a volta ao trabalho. Algumas palavras ainda escapam, especialmente em situações de ansiedade e estresse. No dia a dia, no ambiente familiar, são raros esses momentos. Ricardo Gomes ainda manca um pouco na perna direita, lado afetado pelo AVC. Os movimentos na mão também apresentam pequena restrição. Porém, o esforço é diário e constante, resultado da dedicação que marca a vida profissional desde os tempos em que ele era zagueiro, deixando Ricardo com a certeza de que em breve poderá retornar ao banco.

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