Medalhista em Londres, Nadzeya Ostapchuk terá o título cancelado e passado à neozelandesa Valerie Adams.
Fonte: iG Esporte
O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta segunda-feira
que a bielo-russa Nadzeya Ostapchuk vai perder a medalha de ouro
conquistada no arremesso de peso nos Jogos Olímpicos de Londres,
finalizado no domingo, após ser flagrada em exame antidoping.
Ostapchuk testou positivo para a substância metenolona,
esteroide anabolizante proibido pela Agência Mundial Antidoping, em duas
amostras, colhidas antes e depois da disputa do arremesso de peso. A
final da modalidade foi realizada na segunda-feira passada."O Comitê
Olímpico da Bielo-Rússia foi solicitado a devolver ao Comitê Olímpico
Internacional a medalha, o diploma e o bottom concedidos à atleta, assim
que possível", anunciou o COI, em nota oficial.
Com a decisão, a bielo-russa se tornou a primeira atleta
dos Jogos de Londres a perder uma medalha por doping. A neozelandesa
Valerie Adams vai herdar o título olímpico, enquanto a russa Evgeniia
Kolodko ficará com a prata e a chinesa Gong Lijiao, que havia ficado em
quarto lugar, receberá a medalha de bronze.
Além de Ostapchuk, outros oito atletas foram pegos em
exames antidoping no período oficial de testes para a Olimpíada, a
partir do dia 16 de julho. Os resultados não chegaram a afetar a
distribuição de medalhas. Em um dos casos, o judoca norte-americano Nick
Delpopolo foi flagrado com vestígios de maconha no exame.
Ele foi desclassificado na categoria até 73kg, assim como
a corredora síria Ghfran Almouhamad, após teste positivo para um
estimulante. Ela, no entanto, já havia sido eliminada da disputa nos 400
metros com barreiras."Acho que este é um sinal de que o sistema
funciona", declarou o presidente do COI, Jacques Rogge, no domingo, ao
fazer um balanço sobre o sistema de controle antidoping. O caso de
Ostapchuk só foi divulgado após as avaliações gerais do COI. "Estou
feliz por podermos flagrar estes casos antes e durante os Jogos", disse
Rogge.
O COI tem reiterado que os Jogos de Londres contaram com o
maior programa antidoping da história, com cerca de 6 mil amostras de
urina e sangue. Ainda no domingo, Rogge destacou que ainda há testes
sendo realizados. "Podemos ficar sabendo de novos fatos amanhã ou
depois. Espero que não, mas nunca se sabe", declarou.
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