Fonte: UOL Esporte
Os corintianos não ouviram a recomendação da diretoria alvinegra para não vir a Buenos Aires sem o ingresso para a partida desta quarta-feira contra o Boca Juniors. Durante toda a tarde desta terça, centenas de torcedores passaram pela porta do hotel onde o Corinthians está hospedado e pelo estádio do Boca, a Bombonera, em busca de uma entrada para a primeira final da Libertadores, dispostos a pagar até R$ 1 mil por um ingresso, mas poucos tiveram sucesso.
Não há mais entradas disponíveis sequer para os torcedores do Boca e quem ainda luta por uma entrada enfrenta preços inflacionados e o risco de adquirir ingressos falsos, um tipo de infração comum em partidas importantes de futebol, no Brasil ou na Argentina.
Na porta do Hotel Intercontinental, onde a equipe brasileira está hospedada, corintianos sem ingressos se frustraram durante toda a tarde. A maioria que ali chegava era informada que não havia ingressos e decidia, então, tentar melhor sorte na Bombonera. Foi o caso do empresário Márcio Lima, de 30 anos, que deixou sua empresa de construção sob o comando da esposa e veio a capital argentina com a firme missão de obter um ingresso para a final inédita. "Por aqui não encontrei. Um rapaz disse que comprou por um por US$ 300,00, mas eu mesmo não vi. Vou até a Bombonera ver se consigo, desistir é que eu não vou", disse o empresário.
Próximo a ele, dois taxistas argentinos reclamavam da mesma falta de sorte em não encontrar ingressos. Mario Andrés e Carlos Menendes trabalham para uma agência de turismo e dizem ter 40 clientes corintianos em São Paulo que estão com passagem comprada para Buenos Aires, apenas esperando que eles obtenham as entradas. "Estou autorizado a comprar até por US$ 500,00 cada ingresso, mas está muito difícil", conta Mario. "Torcedor comum não consegue comprar ingresso para jogos importantes do Boca. Vai tudo para os sócios e clientes de programa de fidelidade", completa Menendes.
Nas bilheterias da Bombonera, o quadro não era mais animador. Algumas dezenas de torcedores do Boca ainda tentavam buscar uma entrada, mas a maioria dos que ali se frustravam nesta terca-feira eram corintianos. Um grupo de cerca de 15 alvinegros sem ingresso mantinha a animação na tarde desta terça, já se conformando com a dura realidade. "Vamos assistir em algum bar, todos juntos. Não foi por falta de esforço", reconhecia Pedro Augusto Remo, 33, que pegou quatro dias de folga no escritório de advocacia para tentar ver o Corinthians.
Nas bilheterias da Bombonera, o quadro não era mais animador. Algumas dezenas de torcedores do Boca ainda tentavam buscar uma entrada, mas a maioria dos que ali se frustravam nesta terca-feira eram corintianos. Um grupo de cerca de 15 alvinegros sem ingresso mantinha a animação na tarde desta terça, já se conformando com a dura realidade. "Vamos assistir em algum bar, todos juntos. Não foi por falta de esforço", reconhecia Pedro Augusto Remo, 33, que pegou quatro dias de folga no escritório de advocacia para tentar ver o Corinthians.
Já o comerciante Valdeci Camargo, 42, de tatuagem do Corinthians nas costas e ignorando o frio de 10 ºC em Buenos Aires, ainda não perdeu a esperança: "Sou sócio-torcedor, tenho mais de 60 ingressos comprados, e ainda assim não consegui comprar o ingresso no Brasil.
Aqui, me ofereceram por R$ 450,00 um ingresso para a torcida do Boca. Eu não quis, mas posso até acabar comprando", analisava ele, entre um gole e outro na cerveja Quilmes.
Feliz mesmo só estavam o porteiro Luciano Ferreira da Silva, 34, e o autônomo Fábio Pereira dos Santos, 35. Membros das torcidas organizadas Gaviões da Fiel e Camisa 12, eles conseguiram comprar os ingressos da cota reservada as torcidas organizadas. A quantidade de entradas fornecida a elas foi suficiente para lotar nove ônibus da Gaviões e outros três da Camisa 12. Luciano e Fabio vieram antes de seus companheiros, de avião. O resto chega apenas na quarta-feira, após uma viagem de 36 horas. "Viemos antes, fazer o reconhecimento. Quando eles chegarem, Buenos Aires já estará mais alvinegra".
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