Após duelo igual e com oportunidades desperdiçadas, portugueses perderam chance de igualar campanha de 2004, e espanhóis aguardam Itália ou Alemanha.
Fonte: IG Esporte
A Espanha é a primeiro finalista da Eurocopa 2012. A seleção espanhola conseguiu a classificação nesta quarta-feira após um empate em 0 a 0 com Portugal no tempo regulamentar e na prorrogação. Na decisão por pênaltis, Xabi Alonso perdeu sua cobrança, mas Fábio Coentrão e Bruno Alves desperdiçaram suas chances pelo lado português, carimbando a vaga da atual campeã da competição européia.
A partida foi marcada pelo equilíbrio desde o princípio. Acostumada a
ter amplo domínio da bola, a Espanha encontrou no rival ibérico um
adversário complicado, que conseguiu conter suas trocas de passes com
marcação forte ainda no campo de ataque. Desta forma, a atual campeã
mundial só levou perigo real na prorrogação.
Do outro lado, os portugueses, dependentes de Cristiano
Ronaldo, viram seu principal atacante ser neutralizado, dependendo das
bolas paradas para levar perigo a Casillas. Entretanto, com a bola
rolando, o astro teve a oportunidade de matar o jogo no tempo normal, em
um contra-ataque de três atacantes contra dois defensores aos 44 do
segundo tempo, em que recebeu a bola livre, mas chutou por cima do gol.
Com o resultado, agora a Espanha espera o vencedor da partida
entre Alemanha e Itália, que será realizada nesta quinta-feira, às
15h45 (horário de Brasília).
O jogo
O duelo começou bastante truncado, tirando a Espanha de seu estilo de sua zona de conforto, que envolve intermináveis trocas de passes e posse de bola esmagadora. Com a marcação apertada da seleção portuguesa, os espanhóis tiveram muitas dificuldades para armar suas jogadas, dando chance a Portugal crescer na partida.
O equilíbrio da partida se refletia no número de finalizações.
Chances de gol foram muito raras até cerca de 30 minutos do primeiro
tempo. Aos 29, após troca de bolas próximo a área portuguesa, Iniesta
conseguiu se livrar da marcação e arriscou um chute perigoso para o gol
de Rui Patrício. Logo aos 31, Cristiano Ronaldo respondeu com um disparo
rasteiro que passou à esquerda da trave de Casillas.
O segundo tempo começou do mesmo jeito que o primeiro terminou: igual
e com raras oportunidades de gol, apesar de a Espanha ter retomado um
pouco de sua tranquilidade habitual, aproveitando um leve relaxamento na
forte marcação portuguesa.
Aos 21 minutos da segunda etapa, Xabi Alonso decidiu assustar
Rui Patrício. Após sofrer falta atrás do meio de campo, o meio-campista
viu o arqueiro bastante adiantado e tentou surpreendê-lo com um chute
longo por cobertura, mas acabou errando.
Principal estrela na partida, Cristiano Ronaldo não se escondeu
da partida. Jogando nas pontas, o português procurava o jogo a todos os
instantes, mas parava na marcação eficiente do time espanhol.
Neutralizado com a bola rolando, coube a ele tentar a sorte nas bolas
paradas. Aos 28 do segundo tempo, o craque arriscou em uma falta longa e
central, mas a bola passou perigosamente por cima do travessão de
Casillas. Em outra oportunidade, o camisa 7 de Portugal conseguiu espaço
para arrancar com a bola, mas sofreu falta. Na cobrança, a bola foi
parada com a mão por Arbeloa, que estava na barreira, dando nova chance
ao craque, que, desta vez, chutou por cima do gol.
Aos 44, Cristiano Ronaldo perdeu a grande chance de conquistar a
classificação para Portugal ainda no tempo normal. Após cruzamento
errado da Espanha, os portugueses saíram em um contra-ataque veloz com
Raul Meireles. Com apenas dois marcadores contra três atacantes, o astro
recebeu a bola livre, mas novamente chutou por cima das traves, levando
o jogo para a prorrogação.
Se no tempo normal a partida foi truncada, na prorrogação, com o
maior medo de cometer erros, a situação não se alterou até os 13 do
primeiro tempo, quando a Espanha fez sua grande jogada na partida. Pedro
dominou a bola na ponta esquerda e deu dois lençóis sobre os marcadores
e passou para Alba que cruzou para Iniesta ficar na cara de Rui
Patrício, que fez uma defesa incrível e salvou a seleção portuguesa.
Aos poucos o estilo de jogo espanhol começou a prevalecer
no segundo tempo da prorrogação, com toque de bola no campo ofensivo.
Jesús Navas também teve grande chance parada por Rui Patrício aos 5
minutos. Já aos 8, Pedro recebeu a bola no meio de campo livre de
marcação e arrancou em direção ao gol; ao chegar na grande área, tentou
uma finta, mas foi desarmado para alívio da torcida portuguesa. Apesar
da pressão que se ensaiou nos minutos seguintes, o jogo foi aos
pênaltis.
Nas penalidades máximas, Xabi Alonso e Fábio Coentrão
abriram as cobranças com erros. Na quarta tentativa de Portugal, Bruno
Alves perdeu sua oportunidade e coube a Fábregas encerrar a disputa. O
meia do Barcelona cobrou firme no canto esquerdo e a bola ainda acertou a
trave antes de entrar, encerrando a disputa. Com o resultado, a Espanha
chega à sua segunda final consecutiva, com chances de conquistar o bi
da Euro.
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