domingo, 24 de junho de 2012

São Paulo ouve 90 minutos de protestos, perde para a Lusa e vê crise aumentar

Gustavo, camisa 3 da Portuguesa, anulou Lucas, do São Paulo.

Fonte: UOL Esporte

A crise aumentou no Morumbi. Depois de cair na semifinal da Copa do Brasil no meio da semana, o São Paulo foi derrotado por 1 a 0 contra a Portuguesa pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Com gol de Ivan, no início do segundo tempo, o time do Canindé conseguiu a sua segunda vitória na competição e justificou os 90 minutos de protestos que os são-paulinos precisaram ouvir na tarde de sábado. Leão, Luis Fabiano, Fernandinho e Casemiro foram os principais alvos. O goleiro pentacampeão Dida, que fazia sua estreia pelo time Rubro-Verde, pouco trabalhou.

 O resultado fez o Tricolor estacionar nos nove pontos. Na próxima rodada, também no sábado, o São Paulo enfrenta o Cruzeiro em Minas Gerais. Já a Portuguesa chegou aos sete pontos, se afastou da zona de rebaixamento e se prepara para encarar o Santos, novamente no Canindé, no domingo.


 Antes mesmo de a bola rolar o São Paulo foi recebido por uma onda de vaias e aos gritos de "eiro, eiro, eiro, time de pipoqueiro". Após o início do jogo, em vez de incentivo, foram de xingamento os gritos no Canindé, tendo o técnico Emerson Leão co
mo alvo preferencial.
Dentro de campo, o primeiro lance de perigo veio aos nove minutos, com Cícero. Ele bateu falta firme de fora da área e viu Dida fazer boa defesa. A resposta ocorreu no minuto seguinte, com Guilherme batendo de fora da área após tabela com Vandinho. Aos 13, foi a vez de Moisés dar outro chute de fora da área e ver Denis fazer boa defesa. Impiedosa, a torcida são-paulina chamou o camisa 22 de "mão de alface".

Aos 20 minutos, Léo Silva disparou uma bomba novamente de fora da área, pelo canto direito da grande área, e viu a bola passar na trave no canto oposto. No minuto seguinte, Casemiro se machucou e caiu no centro do gramado. A torcida reagiu com certo atraso: "Um minuto de silêncio, o Casemiro está morto", gritaram os organizados.


 Aos 29, uma nova chance do São Paulo, com Jadson. Ele aproveitou rebote da zaga lusitana e colocou raspando no poste esquerdo de Dida. Aos 34, a última boa chance da primeira etapa foi são-paulina. Lucas arrancou e lançou Willian José na grande área, pela direita. Ele chutou cruzado para a fácil defesa de Dida.


 No segundo tempo, o São Paulo voltou a campo e, com ele, voltaram os protestos, que se estenderiam até o fim do jogo. Com a bola rolando, a Lusa começou melhor e fez Denis trabalhar pela primeira vez aos três minutos. Guilherme dominou bola na entrada da área, virou em cima da zaga, mas acabou dando chute rasteiro no centro do gol. Aos 11, a tentativa acabou sendo fatal. Novamente Guilherme fez boa jogada e cruzou a bola para dentro da área. Ivan dominou pela esquerda e chutou cruzado sem chances para Denis, abrindo o placar no Canindé.

 Aos 16 e aos 17 minutos, a Portuguesa quase aumentou a vantagem. Diego Viana e Vandinho criaram boas chances e fizeram Denis sair do chão para evitar outro gol. E só dava Lusa. Aos 21 minutos, foi a vez de Rodriguinho acertar as redes, só que pelo lado de fora. O São Paulo não conseguia reagir. Leão tentou mudar o panorama colocando Maicon e Fernandinho. As trocas só serviram para que os protestos aumentassem. O cronômetro marcava 26, e Rodriguinho voltou a criar boa chance pela direita. Ele driblou a zaga são-paulina e chutou cruzado, arrancando o "uh" das arquibancadas.


 A falta de incentivo pareceu contagiar os são-paulinos, que corriam sem organização e, nas poucas vezes que chegavam na área adversária, paravam na marcação lusitana. No fim, as vaias foram justificadas.

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